(por Tone Ely, Dezembro de 2009)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Estopim (Experimento literário)
(por Tone Ely, Dezembro de 2009)
O pavio foi aceso ainda agorinha, você olha para ele e vê uma linha extensa, vai seguindo com os olhos, ele passa por baixo de uma porta. Sua mão, num impulso, abre a porta. O fio, todo irregular, segue por um corredor, sem janelas, só não é mais escuro porque faíscas do pavio passam nervosas por baixo de suas pernas mostrando outra porta logo à frente, você corre, quer chegar antes, precisa saber o que há no fim da linha, o que está para acontecer. Após a segunda porta, há muita luz, é dia, é vida. Vegetação rasteira, arbustos perigosos, mas flores e flores de diversas cores. Você, deliciando-se com os odores ao se arrastar seguindo o pavio, um arbusto te arranha... fará cicatriz. Eis que surge um alçapão que você abre, desce a correr pulando degraus, lá em baixo é como um galpão amplo infestado de colunas paralelas brancas, extremamente simétricas, a luz entra à vontade por diversas frestas no teto... você então busca o horizonte do fio, vê uma caixa, corre ainda mais rápido, percebe que a caixa é na verdade um cofre, ao chegar nele, vê que aquele é o destino de tudo aquilo, o fio passa por um buraquinho feito na porta do cofre. Um cofre de segredo, daquele que você tem que girar um controle, que tem os números na borda do controle. Ao olhar pra traz, vê a extremidade em brasa entrar no recinto, você olha para o cofre, olha para trás de novo... olha para o fio entrando no cofre, pensa poder parti-lo, tenta, tenta, sem sucesso, é um material resistente. Volta-se para o cofre tentando adivinhar o segredo, gira a pecinha por diversos números, força a trava, nada... passa a pôr o fio na boca tentando parti-o agora com os dentes, mastigando de diversas formas... já vê o fogo a alguns metros, não adianta mais correr, desesperadamente puxa o fio fazendo força com os dentes, e nada, nada, graves queimaduras nas mãos, as faíscas se aproximam de seu rosto, você fecha os olhos, sente seus lábios sendo rasgados pelo fogo que enfim sucumbe, apaga em sua saliva.
O pavio foi aceso ainda agorinha, você olha para ele e vê uma linha extensa, vai seguindo com os olhos, ele passa por baixo de uma porta. Sua mão, num impulso, abre a porta. O fio, todo irregular, segue por um corredor, sem janelas, só não é mais escuro porque faíscas do pavio passam nervosas por baixo de suas pernas mostrando outra porta logo à frente, você corre, quer chegar antes, precisa saber o que há no fim da linha, o que está para acontecer. Após a segunda porta, há muita luz, é dia, é vida. Vegetação rasteira, arbustos perigosos, mas flores e flores de diversas cores. Você, deliciando-se com os odores ao se arrastar seguindo o pavio, um arbusto te arranha... fará cicatriz. Eis que surge um alçapão que você abre, desce a correr pulando degraus, lá em baixo é como um galpão amplo infestado de colunas paralelas brancas, extremamente simétricas, a luz entra à vontade por diversas frestas no teto... você então busca o horizonte do fio, vê uma caixa, corre ainda mais rápido, percebe que a caixa é na verdade um cofre, ao chegar nele, vê que aquele é o destino de tudo aquilo, o fio passa por um buraquinho feito na porta do cofre. Um cofre de segredo, daquele que você tem que girar um controle, que tem os números na borda do controle. Ao olhar pra traz, vê a extremidade em brasa entrar no recinto, você olha para o cofre, olha para trás de novo... olha para o fio entrando no cofre, pensa poder parti-lo, tenta, tenta, sem sucesso, é um material resistente. Volta-se para o cofre tentando adivinhar o segredo, gira a pecinha por diversos números, força a trava, nada... passa a pôr o fio na boca tentando parti-o agora com os dentes, mastigando de diversas formas... já vê o fogo a alguns metros, não adianta mais correr, desesperadamente puxa o fio fazendo força com os dentes, e nada, nada, graves queimaduras nas mãos, as faíscas se aproximam de seu rosto, você fecha os olhos, sente seus lábios sendo rasgados pelo fogo que enfim sucumbe, apaga em sua saliva.
Nem o fim nem o início, mas a trajetória.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Pedras não... Rochas! (Conto erótico)
(por Tone Ely, em Novembro de 2009)
Como nem todos aqui estão obrigados a uma temática que contém sexo explícito, publiquei neste link abaixo o texto em separado.
Pedras não... Rochas (conto publicado no Google Docs): http://docs.google.com/View?id=dfjw842w_76fxtfx4vw
Como nem todos aqui estão obrigados a uma temática que contém sexo explícito, publiquei neste link abaixo o texto em separado.
Pedras não... Rochas (conto publicado no Google Docs): http://docs.google.com/View?id=dfjw842w_76fxtfx4vw
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Requiem letra R (Música)
(por Tone Ely, inspirado em Ronaldo Nerys)
Produzida por meio de instrumentos digitais (Reason 3.0)
Para ouvir clique no Play (com o Flash Player instalado):
Arranjo mixagem e masterização: Tone Ely
Marcadores:
depois da curva,
digital,
independente,
instrumental,
marxuvipano,
música,
Ronaldo Nerys
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
No Silêncio Virtual (Música)
(por Tone Ely e Katiúscia Formiga)
Uma composição musical que surgiu da interação entre blogs. A letra foi publicada no blog da amiga Katiúscia e vendo lá me inspirei para a música... Dêem uma conferida: No silêncio virtual
Para ouvir clique no Play (com o Flash Player instalado):
Ficha Técnica
Produzida por meio de instrumentos digitais (Reason 3.0)
Uma composição musical que surgiu da interação entre blogs. A letra foi publicada no blog da amiga Katiúscia e vendo lá me inspirei para a música... Dêem uma conferida: No silêncio virtual
Para ouvir clique no Play (com o Flash Player instalado):
Ficha Técnica
Letra:
Katiúscia Formiga
Arranjo:
Tone Ely
Mixagem:
Tone Ely
Katiúscia Formiga
Arranjo:
Tone Ely
Mixagem:
Tone Ely
Produzida por meio de instrumentos digitais (Reason 3.0)
Versão 2.0
Marcadores:
independente,
marxuvipano,
música,
musica digital,
poesia
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Água e Carne (Poesia)
(estrito por Tone Ely, entre fevereiro e agosto de 2009)
Aos que são mais sentimento que carne
Há uma distância física persistente...
1024 passos pro lado que o coração aponta,
conhecidências fundamentais várias,
muitos espaços vazios
E quando existe a sorte e o clima certo
A ilusão se propaga pelo corpo
Para que tudo faça sentido,
Seja sentido...
E até que fulanos se encontrem
e tenham nome novamente
Os teatros individuais se utilizam dos hormônios
Para que as coisas aconteçam de alguma forma
Algo assim é experimentado como água
diária, cheia de cloro,
Por certo a sede continuará
O corpo carece de algo
que tentamos não lembrar por hora
Mas que sede da porra!
Que sede da porra que não cessa
É ressaca, é diabetes,...
É calor mesmo!
Não tem banho nem chuva que dê jeito
O velho coração magnetiza a direção
Que não faz bem,
Não está certa para agora
Circulação de sentimentos,
Olhares críticos,
Melhor parar.
Esperar...
Aos que são mais sentimento que carne
Há uma distância física persistente...
1024 passos pro lado que o coração aponta,
conhecidências fundamentais várias,
muitos espaços vazios
E quando existe a sorte e o clima certo
A ilusão se propaga pelo corpo
Para que tudo faça sentido,
Seja sentido...
E até que fulanos se encontrem
e tenham nome novamente
Os teatros individuais se utilizam dos hormônios
Para que as coisas aconteçam de alguma forma
Algo assim é experimentado como água
diária, cheia de cloro,
Por certo a sede continuará
O corpo carece de algo
que tentamos não lembrar por hora
Mas que sede da porra!
Que sede da porra que não cessa
É ressaca, é diabetes,...
É calor mesmo!
Não tem banho nem chuva que dê jeito
O velho coração magnetiza a direção
Que não faz bem,
Não está certa para agora
Circulação de sentimentos,
Olhares críticos,
Melhor parar.
Esperar...
terça-feira, 28 de julho de 2009
Rotina (Poesia)
(escrito por Tone Ely em julho de 2009)
Bate à porta outra dor
Abro uma janela para que entre na surdina
No meio da sala de estar tiro a roupa
Espero acontecer,
Espero que aconteça...
“Toc, toc...”
Espero que seja agora
Não, a luz está acesa
Tal nudez requer mistério
Luz apagada
Meu mistério sempre
Choro por causa do silêncio
“Ele acaba, ele acaba, ele acaba”
Me consolo com o eco desta voz,
Não suporto;
“Queria querer”
Querer mais que antes
Penumbro então a sala com uma vela...
“Tinha sumido?”,
Estou aqui
Me escondendo, seduzindo,
Reprimindo, liberando,
Só me faça querer
“Me faça dinovo!”
“Me dê na cara...
Ande! Me dê na cara logo!
Eu gosto...”
O bem desejável enforcar
“Mas de surpresa tá?”
Quando estiver com raiva,
Com toda ela nas mãos,
“Faça o que você tem que fazer!”
E quando já sem vida...
For defunto sobre seu corpo...
É porque a vela acabou
Tudo aquilo era só um gozo
A janela não notada sofreu o desgosto;
A coisa toda veio porta adentro
Junto comigo
O eu permissivo
E passei a ser todas as facetas de mim
Mesmo que sem paciência com elas
Sem paciência alguma
Pela manhã
Retiro-me pela tal janela em fuga
Para deixar de ser tudo aquilo
A consciência de que nada daquilo tinha acontecido
E nada além
O dia é nublado aqui fora
Quente e nublado
Caminhar me faz muito bem
Correr, correr,
Estar em todos os lugares em que devo estar
Participar do mundo...
Estar nele
Até que anoiteça.
Bate à porta outra dor
Abro uma janela para que entre na surdina
No meio da sala de estar tiro a roupa
Espero acontecer,
Espero que aconteça...
“Toc, toc...”
Espero que seja agora
Não, a luz está acesa
Tal nudez requer mistério
Luz apagada
Meu mistério sempre
Choro por causa do silêncio
“Ele acaba, ele acaba, ele acaba”
Me consolo com o eco desta voz,
Não suporto;
“Queria querer”
Querer mais que antes
Penumbro então a sala com uma vela...
“Tinha sumido?”,
Estou aqui
Me escondendo, seduzindo,
Reprimindo, liberando,
Só me faça querer
“Me faça dinovo!”
“Me dê na cara...
Ande! Me dê na cara logo!
Eu gosto...”
O bem desejável enforcar
“Mas de surpresa tá?”
Quando estiver com raiva,
Com toda ela nas mãos,
“Faça o que você tem que fazer!”
E quando já sem vida...
For defunto sobre seu corpo...
É porque a vela acabou
Tudo aquilo era só um gozo
A janela não notada sofreu o desgosto;
A coisa toda veio porta adentro
Junto comigo
O eu permissivo
E passei a ser todas as facetas de mim
Mesmo que sem paciência com elas
Sem paciência alguma
Pela manhã
Retiro-me pela tal janela em fuga
Para deixar de ser tudo aquilo
A consciência de que nada daquilo tinha acontecido
E nada além
O dia é nublado aqui fora
Quente e nublado
Caminhar me faz muito bem
Correr, correr,
Estar em todos os lugares em que devo estar
Participar do mundo...
Estar nele
Até que anoiteça.
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