sábado, 21 de junho de 2008

Coisa de Segundos (Poesia)

(escrito por Tone Ely
em 17 de dezembro de 2007)


Olhar no fundo os olhos...
Franco!
Por uns 20 a 30 segundos
Imóvel ou sorrindo imóvel...

Este,
termômetro particular de contentamento
anda meio posto à prova,...
falha...

Por muito julgado:
"Olhas pra um troféu!"
Não é isso,nada disso.....
O próprio olhar é o prêmio;

20 a 30 segundos são tão raros
De tão disponivel
Fico ali uma presa acuada
Cercada de memórias que nunca existiram,

Olhares interrompidos...
E a presença...
A presença
A parte que não dá pra entender
Cresce.

Alçar as pálpebras...
Não piscar até que os olhos encham de lágrimas...
Esperar mais um pouco...

Queda suave...
Desenho no rosto...
Tudo frio....

Desisti de te dar um buquê de certezas.
Elas talvez sejam admiráveis pra ti
Mas são minhas...
As suas...
Deves receber como dádiva a ti mesma,

Sempre clamando serem transformadas
Em algo mais desejado ainda
Mas...
Não dá tempo,
Elas murcham secam sem solo firme...

E estás então pronta para arrancar outras do chão,
Arrumar o buquê,..
E...
Enquanto olhas para elas inebriada...
És vazio... tudo frio...
Tudo frio.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Publicação do 1º Livro de Poesias Tone Ely: Pano

Taí a publicação de meu primeiro livro de poesias. Leiam, critiquem, baixem, distribuam, fiquem à vontade.

Ass.: Tone Ely


Dia Moderno de Viver (Poesia)

(escrito por Tone Ely,
em
30 de Setembro de 2007)

Abro os olhos
Para vários novos dias,
Todos indiferentes a mim
Tantas verdades que...
Não rola julgar esses dias
Já foi, passou
Me esforço com este aqui

Como outros me vem inteiro
Pagina branca esperando que amanheça
Que o preencha com um máximo de desejos
E que sejam novos prazeres
Mas o dia é de branco
E amanheci

Enquanto os instantes me fogem
Pairo sobre essa sua imagem
Não muito nova para mim
Mas suspiro...
E não há alívio algum

E o novo dia não está mais em branco
Agora estás nele Bonita
Agora lembro que por hora
Guardo meu toque para o seu tempo
Fazendo dele a mais pura tentação
Pois que já é um dia comum este de hoje

Te espero no “Amanhã”.

A Partir de Hoje (Poesia)

(escrito por Tone Ely,
em 13 de
Junho de 2007)


A partir de hoje sinto que não preciso mais parar...
Pra escrever a poesia dessas coisas que sinto
Parece que adquiri a capacidade de simplemente
Chegar em você e dizer

As palavras estão vindo boca afora
Direto do peito
Tão sinceras quanto essas pensadas, escolhidas
E tão densas que não existiriam de outra forma

Preciso apenas de seus ouvidos atentos
Se houverem olhos fica tudo ainda mais pleno,
Encantado...
Minha coragem em situações como estas:
Sem problemas... perdi o medo!
Agora não consigo mais parar....

Não seria descente deixar de ser arte
De ser presente
De estar fora deste mundo padrão
Não posso!
Não dá pra engolir tais palavras,
Ser menos elas que eu...

Quando me ver não se assuste
Mas serei livre e ainda assim
Mais seu do que nunca.

Lugar Cativo (Poesia)

(escrito por Tone Ely,
em
Setembro de 2005)


Do toque não sei mais nada

Tão bom impuro tato
De tantas mãos
Fácil alcance textil
Sublime em pele quente

Que seja não sempre fútil, ou seja!
O medo é do denso... impar...
Sem posse;

Ainda moro um lugar aberto
Amplo de visão
Um exposto sem convite
Com música baixa
De portas batendo ao vento

Tanto, que hora eu tranco, me escondo!
Na quietude de portas fechadas
Ou encostadas em alguém

E se as portas viram grades
O vento passa fácil
E roda tudo cá
Mostra o desejo
De ser meu pra todo mundo

Lacivo, de múltiplos seres... os únicos!
Que saibam como entrar
E que não haja um invadido

O meu par tem lugar cativo
Isso é difícil de mudar, tá no ar
É brisa forte que me toca
Frescor sem frio

Mas sei que sou impar...
Teremos que ser ímpares
sempre
impares.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Man'infesto da Arte Pós-histórica (Poesia)

(escrito por Tone Ely,
em
5 de outubro de 2005)

Só digo aos que hoje em dia
Tentam saber o que é arte...
A
propósito,
Eu não ouso tentar uma coisa dessas
Sou de 1980...
Desde então tá complicado;

Mas como essa palavra
Agora invade seu humor vítreo
Nervo óptico adentro
Provocando uma série de signos lingüísticos
Que ainda traçam os sentidos, em geral,
desconexos

Entendo que arte
Tá no estribo também
Totalmente controlada
Pela capacidade de repassar a vibração
de uma pelezinha...
Pra cachola ;

Mas pele é pra outra coisa, né?
Quando não há disafia é sim...
Te desafio a saber
O que suma tudo isso quer dizer;
Inevitavelmente
Enceno uma voz
Sua pra você mesmo
Que de tanta audácia
Sente o amargo no palato e diz:
"Isso não é arte!"

E assim como plásticos artistas
Que com todas as cores possíveis
Não te provocam nada
Me reconheço um ex-artista desde que nasci;
(E naquele tempo a arte já não existia mais!)

Ainda bem que tenho tanto talento
quanto você
E ainda assim tento...
Sem fazer a mínima idéia
Se vou conseguir dizer o que quero,
Ou se sequer palavras existem pra isso;

Como costumam dizer que o que digo
Não se compra
Te lembro contudo que não estou a venda
Toda e qualquer discordância comigo (ou contigo mesmo)
Nunca soará em meus ouvidos
Ou nem teria lido eu até o fim

Lamentavelmente ou não
Com essa tentativa de "arte" você o fará...
Como eu, outros ex-artistas ainda sabem pedir esmolas,
que venham
quaisquer
políticas
públicas miseráveis
para tornar possível
que alguém vivo na verdadeira pós-história,
no futuro, nos veja como parte digna de estar
representando a arte

Com tudo isto,
humildemente te imploro...
que de alguma forma,
depois,
outro dia desses,
reflita no que está em sua cabeça agora.


(Links dialéticos: De acordo com (blog) - *poesia* TONE ELY - Man'infesto da Arte Pós-histórica)