(por Jussara e Tone em Março de 2010)
Ao começar continuando,
Continuando movimentos coletivos...
Gente que sempre se via nos olhos,
Abraços apertados entre peças militantes
Os bem vindos agregados
Compromisso, Obrigação...
Enquanto aquilo era aula
A bricadeira não fluia;
E se aprendia à sério;
Processos da vida
Muitos em conteste de condições
Não se mantiveram indo,
Foram saindo em meio a chances,
Chances condicionadas,
E ainda assim ficaram,
Junto com os que ainda estão sendo,
Vivendo fronteiras nas fronteiras;
Explico a arte pelo chiste:
"Já que hão" conflitos,
Entre inevitáveis jogos de ego,
cada um tinha uma motivação,
E diante das regras,
Não havia o direito de permancer no grupo,
Pelo menos enquanto atores em cena;
Nas regras postas pelos prazos,
Se os recursos são os humanos,
O material possível era o disciplinado
E aos que não foram,
Cada um pegou um personagem,
O incompetente, o liso,
O mentiroso ou bom ator,
Ocupado...
Motivação não se força, facilita-se
Assim, lança-se uma tese:
Uma educação paciente,
Arte calma,
Criatividade fluindo
Liberdade incluida
Ninguém sai!
"Daqui ninguém nos tira",
Teatro sem fronteiras.